sábado, 20 de fevereiro de 2010


Seres Góticos





Somos seres de sentimentos escuros,
Fantasmas noturnos que choram,
Pelas tristezas que o devoram,
Nos pensamentos obscuros.

Nossas almas melancólicas,
Vagam pela noite sombria,
Em busca de alegria ilusória,
Perdida nas sombras exóticas.

Vida destruída por desilusões...
Por favor não tenha medo,
De uma alma que é triste e amaldiçoada.

Trajando quase sempre luto,
Somos o estranho fruto
Do mundo feliz que não existe.

By:A'lininha

Poesia do silêncio


Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.